Prevenção

À procura de álcool gel

Farmácias de Pelotas já registram a falta do produto; ele é o mais recomendado para higienizar as mãos e evitar o coronavírus

Paulo Rossi -

Nas principais farmácias de Pelotas o aumento de casos de coronavírus no mundo já reflete nos balcões: álcool gel esgotado, estoque de máscaras no final e tudo isso sem prazo para normalizar. Mesmo sem nenhum caso suspeito da epidemia na cidade, os pelotenses se mostram preocupados para encarar o novo vírus.

Nas 18 lojas de uma rede de farmácias presentes no município, nenhuma possui álcool gel. De acordo com a gestora de um dos estabelecimentos, Paula Farias, no último sábado chegaram 35 unidades do produto e em cerca de duas horas o estoque já estava novamente zerado. "A procura está desesperada", garantindo que cerca de 90% dos clientes que entram no local acabam procurando o gel. No topo de quem busca pela mercadoria estão os responsáveis pelas atividades escolares das crianças. "Querem para deixar na mochila", explicou. Sobre as máscaras, a única loja da rede que ainda dispõe é que Paula trabalha, localizada na rua Sete de Setembro esquina 15 de Novembro. A proteção custava cerca de R$ 5,00 e no último mês subiu para R$ 8,99.

Em outra grande rede a situação não é muito diferente. Nenhuma das 16 lojas possui álcool gel, mas algumas ainda possuem a máscara N95 (modelo indicado para utilizar durante epidemias). A gerente de uma das lojas, Ivana Lettnin, explica que a rotatividade dos produtos sempre foram altas, mas nada comparado à demanda dos últimos 30 dias. "Sempre conseguimos manter uma quantia em estoque, agora não é mais possível", contou. Como a distribuidora que abastece a rede não possui os produtos, não existe previsão para normalizar a situação. Por lá, cerca de 40% dos consumidores diários procuram pelos itens e também quem lidera a busca são os pais atrás de maneiras para proteger os filhos.

QUADRO CORONA

Vacina da gripe antecipada

O Ministério da Saúde (MS) anunciou que irá antecipar a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. A medida servirá como estratégia de diminuir a quantidade de pessoas com gripe neste inverno. Primeiro, devem ser imunizadas gestantes, crianças até seis anos, mulheres até 45 dias após o parto e idosos, historicamente mais vulneráveis à doença. O início da campanha está prevista para o dia 23 de março e não mais na segunda quinzena de abril. Mesmo que a vacina não apresente eficácia contra o coronavírus, essa é uma forma de auxiliar os profissionais de saúde a descartarem as influenzas na triagem e acelerarem o diagnóstico do novo vírus.

No Brasil

O subsecretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, anunciou no fim da tarde desta terça-feira (3) que o Brasil registrou 488 casos suspeitos do novo coronavírus. Entretanto, 240 casos foram descartados. De acordo com o secretário executivo do MS, João Gabbardo dos Reis, novos países serão incluídos na lista de suspeitos de coronavírus, entre eles, os Estados Unidos.

Até o momento, o Brasil confirmou dois casos do vírus. Os pacientes moram em São Paulo e contraíram a doença durante visita recente à Itália.

As recomendações da SMS

Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;

Realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;

Utilizar lenço descartável para higiene nasal;

Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; 

Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;

Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;

Não compartilhar objetos de uso pessoal como talheres, pratos, copos ou garrafas.

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